quarta-feira, 7 de julho de 2010

(sem título)- Lígia Fernandes

Uma escuridão, um breu profundo. E cá estou retirando de meu entorno todo e qualquer tipo de distração. Aprendi que penso melhor no escuro, que as melhores idéias surgem na madrugada. Pois vêm a chuva de problemas e pancadas de sofrimentos. Bate a tristeza e, em seguida, aquela vontade momentânea insaciável de querer você. Simplesmente te ver. Ouvir tua voz, sentir teu cheiro. Pronto, passou. A tristeza voltou e veio junto um sentimento de solidão.

Me sinto tão só e está tão escuro. Estou eu, sentada no canto da cama apoiada na parede e coberta por uma manta, sozinha e iluminada pela luz da tela do note book. Nem que quisesse seria capaz de te ver, pois está escuro; queria poder sentí-lo, quero tocá-lo. E você pouco sabe isso... Queria que soubesse. Sinto um emaranhado na garganta, quero agora a claridade e enxergá-lo para poder contar-lhe esse meu desejo. Mas sou louca, não caia nessa! Nem nos conhecemos. Então façamos o seguinte: conheçamo-nos. Conversemos, troquemos idéias. Quero saber o que gosta e o que desgosta. Quero poder novamente sentir um abraço seu. Um abraço, mais um; que não seja o único muito menos o último.

Mas não era essa uma vontade momentânea? Talvez os momentos tenham se esticado porque ainda te quero.

Chega! Nada disso é certo. Uma paixão idealizada [totalmente] - passo o dia sentada em frente ao espelho imaginando como seria uma conversa com você. Isso não é certo, não é normal. Já disse que sou louca... Chega.

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