segunda-feira, 26 de julho de 2010

Papel na Caneta - Lígia Fernandes

Luis Felipe Angell, Sofocleto, disse que escrever é uma maneira de falar sem sermos interrompidos; Erasmo de Rotterdam pronunciou que o gosto pela escrita cresce à medida que se escreve; Eugène Ionesco, que devemos escrever para nós mesmos, é assim que poderemos chegar aos outros.

Thomas Mann informou: o escritor é um homem que mais do que qualquer outro tem dificuldade para escrever, mas foi Clément Marot o primeiro a abrir a boca: um homem não pode bem escrever se não gostar um pouco de ler!

Entretanto, são as palavras de Benjamin Franklin que me causam uma dúvida constante, pois disse uma vez que ou escreves algo que valha a pena ler, ou fazes algo acerca do qual valha a pena escrever. Porém, na maioria das vezes, lembro-me e ouço as vozes dela, Virginia Woolf, citando:escrever é que é o verdadeiro prazer; ser lido é um prazer superficial e, por isso, acabo optando pela segunda alternativa de Franklin.


E, por fim, segue o conselho de Sêneca: procura o que escrever, não como escrever.

2 comentários:

  1. Salve Salve!
    belo texto, dizia o Thoreau que um grande orador com toda a sua eloqüência empolga a massa embalando-os numa corrente de sentimentos naquele instante em que está discursando e depois a história segue seu curso natural, já um grande escritor imprime a tinta no papel e é compreendido por poucos, os mais sábios apenas, mas aquilo que ele disse com toda a sensibilidade que apenas a palavra escrita tem fica no coração e na mente para sempre e assim é perpetuado mudando a história!
    Parabéns

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