segunda-feira, 12 de julho de 2010

Retrato de um menino-homem malfadado.- Francisco Knulp

A primeira rajada do vento frio não leva-lhe.
Tampouco a segunda, sendo essa mais forte.
Agora antes das próximas já se perguntava:
-quantas outras ainda virão?

Já a próxima, vinda de surpresa, levou-lhe
Esta que procedeu já nem do mesmo jeito, lembrava a morte.
E enquanto via-se derrubado, indagava:
-e agora, fodeu-se tudo então?

Agora este, que seria logo visto como cretino, levantou-se, e lutou por bravos e não breves momentos (estes não importam)... Nada tão demais, mas nem pouco como lhe foi retratado.

Caiu.
Caiu, não... Despencou.

Agora viu-se resolvido, abiu uma concha e lá enfiou-se o imbecil, que agora já não mostrou-se sorridente, pois sabe-se dele como um sujeito revoltado.

Este caiu novamente, sempre errado... Burro!

Agora a paisana, por incrível que pareça... É, e foi despencando que viu-se despertar, lembra-se de sua infância, embora agora de armadura e olhos abertos... Triste fazer dessa criança um homem. Ainda mais se adulto, esse não encontra-se liberto, tampouco, feliz.

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