quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Que tal o vazio fazer sentido?- Rolando V., Francisco K., e Roberto T.

Como que numa realidade lotada de homo sapiens sapiens,
cada um de um lado, nem do certo nem do errado de fato,
estando todos biologicamente opostos aos sapos,
estamos também diametralmente opostos em si e no modo de perceber algum fato.

Sondando com o tato, vendo com os olhos
não vendo simplesmente o óbvio,
porque o óbvio simplesmente não existe,
nem na palma da mão, nem na pupila algo além de opinião e fetiche.

O ideal existe, na ideia do idealizador X,
que acha algo assim ruim, enquanto um outro faz isso feliz,
perverso só é aquele que faz o que acha certo, achando o que o outro fez
mais correto, mais verdade ou menos caminho para o desconcerto do público da vez.

Verdade, nada além da verdade... nada...
que tal mais uma tentativa de ''verita''?
A verdade do tio patinhas, de Chê Guevara e da Pedrita,
não é a mesma do Platão, do ratinho e do eremita.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Quem, eu me preocupar?- Rolando Vezzoni

Vivia abraçando a morte, brincava com ela no playground sempre que possível, andava apaixonado por ela, mesmo não sendo atrativa para a maioria dos homens. Para alcançá-la pensou em ''chegar junto'' e ver o que acontecia, mas ficou com medo logo quando estava quase lá, tentou também bem devagar, apenas dando indiretas, fazendo todo tipo de coisa que o levasse bem perto dela, ficou um bom tempo assim.
Sobrevivendo e pensando no que aconteceria uma vez que concretizado seu desejo fosse.
Nada, não tinha importância e não fazia diferença, apenas deixaria de existir, e ainda sim, é inevitável chegar até ela. Para que reproduzir, já se tem muita gente no mundo? Mesmo que não houvesse, para que propagar uma espécie predatória como a nossa? Ainda assim não importa definitivamente nenhuma espécie para o universo, que é irrelevante para si por si só, uma vez não existindo consciência, és indiferente para o nada o algo, assim sendo, ou não sendo, as obrigações quaisquer que sejam as de um indivíduo não são obrigatórias para o indivíduo em si, e sim, sacrifícios feitos em troca de algo que se tem interesse, ou o não fazer as obrigações pode, ou não acarretar punições, mas ainda assim... não importa, foda-se.
Agora, abraçava com mais força ainda a morte, se tiver que vir, venha, mas ainda assim, pretende aproveitar com todo o deleite possível a tão desimportante existência, afinal, até Sêneca dizia que é preciso entender a morte para aproveitar a vida.