domingo, 22 de janeiro de 2012

(sem título)- Rolando Vezzoni

Reavendo os cacos dos últimos ventos,
noto-me preso a um cambalear incessante.
Uma ressaca de 100 anos?
(que se não o é, ao menos parece).

Retratos de tudo que merece,
ou que foi, ainda que pouco, interessante,
dos bons e péssimos, hei de lembrar-me desses tantos.
Não creio que haja alguma cicatriz que suma,
mas tomo por certo que não há dor insuperável,
e o bem vivido na atmosfera ulula.

Cada segundo passado é o passo em si, o cambalear incessante da minha ressaca de 100 anos.