domingo, 27 de junho de 2010

O gorfo- Rolando Vezzoni

Caindo de um lado a outro da rua(novamente, mas isso não vem ao caso), lúcido, lúcido o suficiente para perceber-se perdido... Sabia por onde e para onde iria, mas não onde se situava.
“pá!”, sim, agora caiu de fato. De novo.
Não parava um segundo sequer de perguntar se algum dia voltaria a ser feliz, ainda mais agora que nem mesmo entorpecido consegue a tranqüilidade e a satisfação que a tempos vinha esquecendo como era... Era ... Era..? Voltara a sentir-se uma presença, um encosto, que vagava por ai pensando, comendo e bebendo sem se encaixar, apenas ali(de tempos em tempos respirava também, mas vamos chamar isso de irrelevante).
Levanta-se, e volta a cambalear para... Casa(?) quando passa uma viatura, oferecendo-lhe carona, ahh... Se houvessem viaturas que te ajudassem o tempo todo.
Acordou... Sede, fome, corrosão e dor de cabeça. Vai ao banheiro, pisa em vômito, aspira aquele odor triste, e lembra de como aquele barato não havia lhe deixado feliz, frustrou-se( tem ocorrido freqüentemente com tudo, agora já era ateu, neo-platonicista e maltrapilho)... Agora seu barato é sofrer careta, não vê mais tesão nem em se destruir.

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