quarta-feira, 4 de agosto de 2010

o filme de ontem- Lígia Fernandes

Hoje me sentei para ler, mas não consegui me concentrar. As letras se desagregavam das palavras, se misturavam e formavam uma nova. Um nome, seu nome. E formavam mais e mais palavras. E diálogos. E me traziam sua voz. E conseguiram imagens. E, de recortes em recortes, editaram um filme. Comédia romântica? Nem pensar, não chega nem perto. Mas me fizeram rir. E me fizeram chorar.

E, como boas produtoras, essas mesmas letras foram capazes de me deixar ansiosa, esperando e sonhando com o que poderá vir depois: lançaram um filme sem fim.

Preciso expandir meu banco de lembranças suas...
Li tuas palavras
ou umas que me lembrassem você.
Porque ultimamente tem sido difícil.
Difícil ler e não ler seu nome,
ouvir e não ouvir sua voz,
enxergar e não ver seu rosto.

Finjo.
Finjo que não o li,
que não o ouvi,
que não o vi.
E deixo você voar,
nos meus sonhos,
até o sol raiar.

Um sorriso.
Um suspiro.
Porque o li,
o ouvi,
o vi.
De fato.

Um comentário:

  1. Sem querer ser chata, mas há dois textos juntos aí. O "li tuas palavras" é o começo do segundo :)

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