quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O que é amor?- Fernanda Mendes

Este texto não é mais um que fala de um sentimento ao qual as pessoas se prendem, pois vêem em outra a sua “cara metade”. Este trata de um significado de amor que as pessoas conhecem, mas passam por cima.
Isso só se apresenta às pessoas que estão submersas em um vazio, solitárias, e vêem no outro a chave para a liberdade.
Muitas pessoas subestimam o “Amor Platônico”, mas a verdade é que, o nosso sentimento é baseado nele. Nós, seres humanos, somos sentimentais, movidos pela emoção. Vemos em outra pessoa nossa idealização de ser humano perfeito. O que sempre fazemos de errado, é insistir que essa pessoa possa mudar de maneira a se tornar o que eu quero.
Muitas das vezes quando ouço “ vou pegar geral!” , reflito sobre a nossa condição humana. Na maioria das vezes as pessoas fazem isso, porque não se acham capazes de gostar para construir um relacionamento sério, ou, porque aqueles que querem algo sério não são tão bonitos quanto os desejos de consumo.
Na verdade, quando agimos dessa maneira, valorizando a quantidade, caímos em um vácuo, e perdidos neste buraco negro aumentamos ainda mais nossa plenitude de desconforto e descontrole.
Acareamos uma situação de aporia, fingindo ter o controle, nos achamos soberanos, mas não nos damos conta que ao invés disso, sequer encontramos os caminhos que nos levam as respostas para os questionamentos mais singelos de nossos íntimos.
Presos a um sistema inabalável, inatingível e intransponível, como em um poço de areia movediça, quanto mais nos debatemos, mais rápido ele nos suga, e se vivemos de forma alienada, a concordar com ele, a morte súbita se distancia, e conseguimos fingir que sabemos o que é amor, paz e esperança mantendo o medo em lugar seguro, não vivemos, mas sobrevivemos.

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