sábado, 11 de junho de 2011

fingindo de morto- Roberto Torrance

O meu tão apurado ver se desapura por tamanha acidez.
Os fatos tão reais são violentamente abstratos.
Hoje não procuro ver tudo assim tão crú, talvez...
até fantasiar algum sentido nesse mar de ratos.
Por um dia ou outro cegando minha lucidez,
nem lembrando dos homens e seus atos,
sentado estou esperando minha vez.

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