domingo, 20 de maio de 2012

Floresta cibernética- Bruno Santana


Florestas cinéticas
transparecendo em folhas ciberbéticas
da rua de volta
da casa para escola.

Correndo no cascalho
na estória que não poderia ser errada
uma manga cai no chão
as meninas riem, se riem todas.

O sinal é antes de tudo
hora de correr pelo pátio
hora de escapar
de qualquer amarra católica.

Agora enfrento, até o mais valente de 1998
as esferas não são de chumbo
a aro forte azul não me espera
hoje coloco meus pés fora da terra.

Acerta como aço incandescente
a têmpora descoberta pelo cabelo certo
perto da casa do otário
um soco resvalado, me apagando pelo lado.

Cai, chorei, rastejei
o valentão sorria, gargalhava e as garotas acenavam
aproximaram-se para olhar o cadáver
e abraçar o canalha.

A aro forte azul chegou
de barba, botina, camisa e calça jeans
me arrancou pelo colarinho e jogou-me na garupa
contando histórias

de porque não brigar por um boi,
mas não sair nem por uma boiada.

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