Já se passara das oito,
e o paciente general esperava
num quarto que cheirava a coito.
Enfim chegou a donzela,
tão domada, tão esbelta
e de pronto fora agarrada.
Pernas, mãos e braços,
tudo em uma desordem harmônica
que inspirava asco.
Ela vivia a sonhar,
queria subir na vida
e se por a dançar.
Ele, já passada a hora da partida,
só queria aproveitar
o gozo carnal da vendida.
Logo um ganido de confissão,
deu o sinal de alerta,
um fim pro grande ato.
Uma respiração infinda
indicava o término da sensação:
ele voltava à sua mulher
e ela tinha seu ganha pão.
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