domingo, 14 de novembro de 2010

destino mais que deprimente- Rolando Vezzoni

Na lateral de minha mão:

Tem os restos dum grafite,
usado e esmagado por minha mente,
para meu muito bem, felizmente,
embora nem meu ego mesmo acredite,
jamais usado totalmente inutilmente,
posto o que está posto em minha frente,
é a foto mais recente
de minha criatividade inconstante,
que de tantas outras formas já se viste,
algo como este regurgitar de realidade inexistente,
esse que retratado, agora não mais pendente,
no topo de minha mesa suja do grafite
outro desenho que terá um destino mais que deprimente:

Morrer no fundo de minha gaveta, junto do esquecimento e da escuridão.

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